Utilizada em diversas receitas de cerveja, a técnica de dry hopping é muito comum não somente em cervejarias, mas também entre cervejeiros caseiros.
A técnica consiste em adicionar lúpulo na fase final da fermentação, que compõe a fase fria da produção da cerveja.
O propósito é extrair destes lúpulos seus compostos aromáticos, e assim tornar a cerveja final mais aromática.
Abaixo vamos detalhar mais este processo e técnicas utilizadas no dry hopping.
Mas na fermentação?
A fase da fermentação é um excelente momento para adicionar compostos aromáticos dos lúpulos na cerveja.
Presentes nos óleos essenciais dos lúpulos, estes compostos são extremamente voláteis.
Como a fermentação representa a fase fria da produção de cerveja, não haverá calor suficiente para expulsar estes aromas da cerveja.
Um cuidado que temos que nos preocupar é de realizar o dry hopping somente na fase final da fermentação.
Assim, evitamos que a intensa produção de gás carbônico durante o ápice da fermentação volatilize os aromas dos lúpulos.
Quais lúpulos utilizar?
É preferível a utilização de variedades com maiores quantidade de óleos essenciais.
Porém não existe uma regra e esta adição vai depender do estilo e resultado final que você deseja para a cerveja.
Algumas variedades utilizadas no dry hopping: Cascade, Citra, Fuggle, Motueka, Hallertau e Tettnanger.
Algumas cervejas passam por diversos dry hopping, sendo denominadas por cervejeiros e cervejarias como cervejas com:
- Duplo dry hopping;
- Triplo dry hopping;
Como realizar o dry hopping?
Como neste momento queremos extrair os compostos aromáticos dos lúpulos para nossa cerveja, é preciso atenção no momento de realização.
Adição
Existem algumas técnicas para colocar o lúpulo no balde de fermentação, as duas mais comuns:
- Hop bag;
- Direto no fermentador.
Lúpulo
No Brasil a adição é comumente realizada por pellets, mas cervejeiro industriais e caseiros no mundo podem realizar o processo de dry hopping utilizando:
- Lúpulo em flor;
- Lúpulo em flor seco;
- Pellets.
A maneira mais eficiente de obtenção dos óleos é através do lúpulo em flor fresco, porém ainda temos baixa oferta no país, cenário que muda rapidamente
Esta forma também pode trazer alguns contaminantes do campo, sendo mais recomendada para cervejas com maior teor alcoólico.
O mais comum, o lúpulo em pellet, tem como dificuldade a separação após o dry hopping, reduzida pelo uso do hop bag.
E as quantidades?
As doses variam conforme a receita e o resultado final que você espera.
Para os cervejeiros caseiros que produzem aproximadamente 20 litros de cerveja, seja com a BrewHome ou outro modelo de produção, podemos seguir este modelo:
- 14 gramas de lúpulo – leve aroma;
- 28 a 56 gramas – aroma moderado;
- 112 gramas – forte aroma.
Este é um modelo básico para cervejeiros iniciantes, com experiência e seguindo receitas ou softwares cervejeiros, o dry hopping será cada vez mais assertivo.
Hop bag
Embora o hop bag facilite o dry hopping sem a preocupação de resíduos de lúpulo após a fermentação, alguns cervejeiro indicam que há perda no aproveitamento dos lúpulos.
O uso deste bag inviabiliza a total exposição dos lúpulos na cerveja em formação. Para mitigar esta perda, alguns cervejeiros adicionam de 10 a 15% a mais de lúpulo no dry hopping quando utilizam o hop bag.
Qual receita posso começar?
Uma receita para iniciar a técnica de dry hopping e aprender como os lúpulos contribuem para o aroma da cerveja é a American IPA.
Separamos uma receita completa de American IPA, caso precise dos ingredientes.
Os lúpulos para o dry hopping não estão neste kit, deixamos para os cervejeiros fazerem suas combinações preferidas.
Caso faça uma American IPA com dry hopping, nos mande mensagem e conte sua experiência.
brewbeersite.wordpress.com 
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